O nosso joelho é composto por inúmeras estruturas, e uma delas é o ligamento cruzado anterior. Esse ligamento é um dos principais responsáveis pela estabilização desta articulação, sendo muito lesionado durante a prática de esportes. Por conta do baixo potencial de cicatrização que essa estrutura apresenta, a cirurgia de reconstrução de ligamento cruzado anterior é uma das abordagens mais utilizadas para recuperar a estabilização do joelho.
Me siga no Instagram
Através de uma técnica de artroscopia é possível reconstruir o ligamento cruzado anterior com a ajuda de um enxerto. E se enxerto é obtido através de outro tendão do próprio paciente, como é o caso do quadricipital, patelar ou isquiotibial.
A escolha do tendão a ser utilizado na cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior vai depender da avaliação do médico, que avaliará o quadro e realizará a intervenção. Essa escolha vai levar em consideração as propriedades biomecânicas, morbidade da área, resposta à cicatrização, incorporação biológica entre outros fatores.
O enxerto selecionado deve ser fixado em túneis que são confeccionados nos ossos da articulação. Quanto mais rígido for essa fixação, melhores serão os resultados obtidos com a cirurgia. Por esse motivo, é muito importante contar com um profissional qualificado e experiente.
Leia também: Dor no joelho após prótese, é normal?
Como é o pós-operatório?
Por se tratar de uma cirurgia consideravelmente complexa, a reabilitação após a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior depende de uma equipe multidisciplinar. Tanto fisioterapeuta quanto ortopedista responsável pelo tratamento vão avaliar as características do paciente, resposta do tratamento e lesões associadas que possam existir.
Na maior parte dos casos, é indicada a mobilização do joelho, de forma que o paciente pode caminhar com a ajuda do uso de muletas. Também é iniciada a realização de exercícios isométricos para que se mantenha o arco do movimento e o fortalecimento do membro.
Aproximadamente 3 meses, pode ser recomendada a realização de exercícios na esteira e na cadeia cinética. Somente após seis meses de cirurgia que pode ser iniciado as atividades Sem contato, hipertrofia, treinos de força e propriocepção.
É importante lembrar que cada caso é um caso, sendo fundamental avaliar as características específicas da lesão do paciente e como tem sido a sua resposta ao tratamento. Por essa razão a conversa do paciente com o médico é indispensável nesse processo para conseguir estabelecer uma reabilitação adequada e segura.