Dor no joelho ao descer escadas, o que pode ser?

Se você não sente ou sentiu dor no joelho ao descer escadas, provavelmente conhece alguém que sofre com essa condição. Essa é uma das queixas mais recorrentes dentro de um consultório de ortopedia e isso não é por acaso. Embora seja um problema bastante comum, a dor no joelho pode ter inúmeras causas e diversos tratamentos. Os principais motivos que levam a dores nessa articulação são a sobrecarga, processos inflamatórios e lesões articulares. Isso não significa que a dor seja causada por apenas um motivo: muitas vezes, um processo de sobrecarga pode acabar gerando inflamações ou lesões na cartilagem, por exemplo. Em alguns casos, a dor no joelho ao descer escadas pode ser causada por condições externas, como a dor neuropática, que é proveniente dos nervos, e a dor miofascial, que está relacionada aos músculos e fáscias da região do joelho. Por essa razão, é essencial buscar ajuda médica especializada para identificar as causas da dor e indicar o melhor tratamento para cada caso. Para chegar a um diagnóstico, o médico ortopedista irá realizar uma avaliação clínica da articulação e solicitar alguns exames complementares. O tratamento pode variar de acordo com as causas, mas na maior parte das vezes envolve a redução da sobrecarga, tratamento das inflamações e possíveis lesões na região. A gravidade do problema também é um fator determinante na escolha do tratamento. Quais são as causas mais comuns de dor no joelho ao descer escadas? Sentir dor no joelho ao descer escadas pode ter diversas causas, como veremos a seguir: Síndrome da dor patelofemoral: essa condição causa dor no joelho por conta da sobrecarga sofrida pela articulação, na região entre a patela e o fêmur. A dor piora com a realização de determinados movimentos, como ao realizar agachamentos e subir ou descer escadas. Condropatia (condromalácia patelar): a condromalácia é um amolecimento da cartilagem do joelho. Durante o movimento de subir e descer escadas, a patela precisa deslizar por um trilho, chamado tróclea, fazendo com que essa cartilagem seja essencial para esses movimentos. Essa é a principal causa de dor no joelho, e está relacionada à dor patelofemoral. Artrose ou osteoartrite: também causada pelo desgaste da cartilagem do joelho, essa condição acaba levando ao desgaste dos tecidos da articulação e à um processo inflamatório. A artrose é mais comum em idosos, mas também pode atingir pessoas mais jovens, principalmente quando houver alguma lesão prévia nessa articulação. Lesões de Menisco: formados por fibrocartilagem, os meniscos são duas estruturas internas do joelho, responsáveis pela absorção e distribuição do impacto recebido pelo joelho. As lesões de menisco podem acontecer por conta de desgaste ou traumas (como acidentes ou impactos na região). Além da dor, o paciente também pode relatar estalos e travamento da articulação. Fraturas de estresse: nem sempre uma fratura ocorre de maneira completa, causando dor imediata e impossibilitando a movimentação. Em alguns casos, essa fratura pode ser apenas um trincado que não é percebido imediatamente, causando dor progressiva na realização de alguns movimentos e durante a prática de atividades físicas. Esse tipo de lesão é bastante comum em atletas. Fraturas de insuficiência do osso subcondral: diferentemente das fraturas por estresse, que ocorrem por conta de um impacto ou sobrecarga, esse tipo de lesão acontece quando o joelho já possui algum desgaste ou sofreu alguma lesão prévia. Elas acontecem em momentos de sobrecarga e causam dor intensa. Síndrome do trato iliotibial: essa condição é mais comum em atletas de corrida e de ciclismo, e causa dor na face lateral do joelho. Tendinite Patelar: se trata de um processo inflamatório que acontece no tendão que liga a patela com a tíbia. Esse tipo de lesão também é conhecido como joelho de saltador, e é bastante comum em atletas. Doenças Inflamatórias (gota, artrite reumatoide): essas doenças são desencadeadas por um processo inflamatório nas articulações e podem ter causas distintas. No caso da artrite reumatoide, a inflamação ocorre por autoimunidade, e na gota, por conta da deposição de cristais na articulação. Independente do caso, é essencial buscar a ajuda de um especialista para avaliação, diagnóstico e tratamento.

É possível ficar mais alto (a) depois de adulto?

Existem muitas condições que podem afetar a estatura de um indivíduo, desde problemas congênitos, genética, acidentes, entre outros. A baixa estatura pode acabar causando um grande impacto socioemocional, independente do que causou essa característica, principalmente por conta da grande preocupação com uma estética corporal perfeita. Mas é possível ficar mais alto (a) depois de adulto? Além das dificuldades durante a rotina, possuir uma estatura mais baixa do que a média pode evitar que o indivíduo realize alguns sonhos, como a carreira militar e a prática de determinados esportes, e até mesmo tenha dificuldade nos relacionamentos. Naturalmente, o crescimento do ser humano acompanha seu desenvolvimento, e depois de uma certa idade, nós não crescemos mais. Apesar de algumas medidas ajudarem durante a fase de crescimento, como uma boa alimentação, prática de exercícios físicos e bons hábitos de sono, após atingirmos a idade adulta, pouco se pode fazer para garantir alguns centímetros a mais. Como o crescimento do corpo acontece? No que se refere à nossa estatura, um dos aspectos mais importantes é o fator genético. Isso quer dizer que a altura de um indivíduo é influenciada pela altura dos seus pais. Como vimos acima, alguns outros fatores contribuem para esse desenvolvimento, mas não possuem um papel tão significativo. Durante a puberdade, que geralmente começa entre 12 e 13 anos, o crescimento muscular e ósseo é mais substancial, e isso acontece por conta da atividade da glândula pituitária. E esse desenvolvimento continua por aproximadamente cinco a seis anos, na maioria das vezes (alguns casos apresentam particularidades. Geralmente, os homens crescem até os 24 anos, e as mulheres até os 18, e após a interrupção desse desenvolvimento (com a queda da produção dos hormônios HGH, hormônios da tireoide e hormônios sexuais), dificilmente a estatura mudará. Mas se a natureza é totalmente responsável pelo nosso crescimento, não é possível ficar mais alto (a) depois de adulto? ficar mais alto (a) depois de adulto com o Alongamento Ósseo Estético Esse procedimento cirúrgico tem como principal objetivo aumentar a estatura de um indivíduo, seja por questões estéticas, acidentes, deformidades, entre outras questões. Inicialmente, essa intervenção começou a ser realizada na Rússia, na década de 50, mas hoje já é realizada em todo o mundo. Após sua criação, esse procedimento era realizado em pacientes que sofreram acidentes, traumas, deformidades congênitas, entre outras condições médicas. Contudo, com o avanço da medicina e com o aumento de profissionais especializados nesse tipo de cirurgia, ela começou a ser realizada em pessoas que gostariam de aumentar a sua estatura. O Alongamento ósseo estético tem ajudado milhares de pessoas ao redor do mundo a melhorar sua autoestima, confiança e qualidade de vida. Para quem possui uma estatura dentro da média, esse problema pode parecer de certa forma irrelevante, mas a baixa estatura pode causar grandes consequências psicológicas e emocionais. Com o aumento da sua popularidade, esse procedimento cirúrgico vem sendo procurado cada vez mais. Embora seja bastante complexo, ele promete entregar excelentes resultados. Por se tratar de um procedimento muito complexo, os médicos recomendam que o alongamento realizado seja de até 5 centímetros. Ele exige um processo pré-operatório bastante detalhado, com a realização de exames laboratoriais e de imagem. Além disso, devido ao longo período de recuperação, o paciente também deve passar por uma avaliação psicológica realizada por um profissional do ramo, a fim de determinar se esse paciente está preparado para lidar com a cirurgia, com a recuperação e com as mudanças que esse procedimento trará para a sua vida. Uma vez realizado o pré-operatório, o procedimento cirúrgico é feito em diferentes etapas. Em um primeiro momento, é instalado um fixador externo para que o osso possa começar a ser alongado. Sete dias após, o procedimento tem início, sendo alongado 1 milímetro por dia durante 50 dias, totalizando os cinco centímetros recomendados, e 57 dias de procedimento. Após a remoção dos fixadores, a recuperação pode durar de 200 a 250 dias, período onde o osso passa pela regeneração, formação e consolidação. Todo esse processo deve ser acompanhado por um médico especialista, além de um processo fisioterapêutico intenso para garantir o fortalecimento dessas estruturas. Obedecer à todas as recomendações é essencial para garantir o sucesso do procedimento e evitar complicações médicas que, em um procedimento tão complexo, podem ser diversas.

Infecção óssea (osteomielite), o que é e como é feito o tratamento

Os ossos do nosso corpo estão tão sujeitos a infecções por fungos e bactérias quanto os outros tecidos, e quando isso acontece, temos uma infecção óssea chamada Osteomielite. Essa condição deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, para evitar maiores complicações, como a amputação do membro afetado. Essa condição é desencadeada por bactérias ou fungos, que acabam afetando determinada parte do corpo através da corrente sanguínea. A contaminação também pode acontecer por conta da exposição do osso a esses agentes, como em uma cirurgia, por conta de uma fratura exposta ou por próteses articulares. Embora esse tipo de infecção possa atingir qualquer tecido ósseo do corpo, ela é mais comum nos ossos mais longos e na coluna vertebral. A Osteomielite pode ser classificada como aguda ou grave, dependendo do tempo de evolução: • Osteomielite aguda: essa classificação se refere à fase inicial da contaminação, quanto ela apresenta menos de um mês de infecção. O paciente sente dor intensa, vermelhidão, inchaço localizado, sensação de calor no local da infecção e febre. • Osteomielite crônica: se refere às infecções mais antigas, partindo de um mês de infecção, podendo levar anos. Nessa fase, os sintomas não são tão claros, dificultando o diagnóstico. O paciente pode relatar dor persistente na área, e em alguns casos, pode haver a liberação de secreção através de um furo na pele. Embora essa condição possa afetar pessoas de todos os gêneros e idade, existem alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da Osteomielite: • Pacientes que passaram por alguma cirurgia ortopédica com a implantação de próteses, parafusos e outros materiais, que estejam em contato direto com o tecido ósseo. • Indivíduos que sofreram acidentes com fraturas expostas; • Pessoas pré-diabéticas; • Pessoas com feridas crônicas; • Obesidade; • Tabagismo; • Pessoas que sofrem de doenças reumatológicas; • Portadores de HIV ou com baixa imunidade; • Usuários de drogas injetáveis. Como é feito o diagnóstico da infecção óssea? Quanto antes for realizado o diagnostico da infecção, mais efetivo será o tratamento. Por essa razão, assim que os primeiros sintomas forem notados, é essencial buscar a orientação de um médico especialista para realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. Para identificar a lesão, o médico pode solicitar diversos exames, como: • Tomografia; • Ressonância magnética; • Cintilografia óssea (nos casos que o paciente possuir próteses e outras estruturas que prejudiquem a imagem dos outros exames); • Biópsia óssea; • Exames laboratoriais; • Entre outros. O tratamento da osteomielite A Osteomielite é curável em todas as suas fases, mas é muito importante que o diagnóstico seja realizado e o tratamento comece o quanto antes para evitar que a doença cause mais complicações. O tratamento de osteomielite aguda faz uso de antibióticos, e dependendo do caso, pode ser necessário remover o tecido infectado por meio de um procedimento cirúrgico. No caso da osteomielite na fase crônica, o tratamento pode ser realizado através de cirurgia, e nos casos mais graves, a amputação do membro. É essencial que seja feita uma limpeza cirúrgica adequada para garantir que toda a infecção seja removida. O principal objetivo do procedimento cirúrgico é remover o foco da infecção, remover a prótese infectada quando for necessário e coletar material para a realização da biópsia e culturas. Em alguns casos, a cirurgia pode não ser possível, como quando o paciente não tem condições de passar pelo procedimento ou quando a localização da infecção não permite a remoção do tecido infectado. Nesses casos, não há forma de curar totalmente a osteomielite, restando apenas o tratamento antimicrobiano. Nesses pacientes, o tratamento antimicrobiano busca prevenir um quadro de sepse ou bacteremia; restringir a área infectada e agir no alívio dos sintomas.

Inflamação óssea: como ela acontece?

A inflamação óssea, também conhecida como Osteomielite, é uma infecção que acontece nos ossos, podendo ser causada por bactérias, fungos ou até mesmo, vírus. Ela pode acontecer por diversos motivos: • Abscessos na pele; • Abscesso dentário; • Lesões de pele, como cortes, ferimentos, celulite infecciosa, cirurgias, entre outros; • Fratura óssea, principalmente em fraturas expostas; • Implante de prótese articular ou óssea; • Infecções generalizadas. Essa inflamação pode ser classificada de acordo com o tempo de infecção, sendo: Osteomielite aguda: quando a infecção iniciou há menos de um mês, apresentando sintomas agudos. Osteomielite crônica: nesse caso, a condição tem mais de um mês (podendo ser uma infecção de vários anos), e os sintomas podem se apresentar de forma mais discreta, dificultando o diagnóstico. Sintomas de inflamação nos ossos Para garantir o melhor tratamento, é essencial estar atento aos sintomas: • Dor local aguda (na fase aguda) ou dor local persistente (na fase crônica); • Inchaço; • Vermelhidão no local da inflamação; • Sensação de calor na região; • Febre e calafrios; • Náuseas e/ou vômito; • Dificuldade de movimentação na região afetada; • Abcessos ou fístulas. Na presença de um ou mais sintomas, é essencial buscar ajuda médica para avaliação e diagnostico. Dessa forma, quanto antes o tratamento for iniciado, mais rápido a infecção poderá ser controlada. Nos casos mais graves, o tecido ósseo pode ser destruído, além do desenvolvimento de necrose. Também existe a possibilidade de amputação do membro, dependendo do grau de infecção. Alguns fatores podem contribuir para o surgimento de inflamação óssea, como os seguintes: • Pessoas que realizaram alguma cirurgia ortopédica com a implantação de próteses, parafusos e outros materiais, que estejam em contato direto com o tecido ósseo. • Indivíduos que sofreram acidentes com fraturas expostas; • Pacientes Pré-diabéticos; • Pessoas com feridas crônicas; • Obesidade; • Tabagismo; • Pessoas que sofrem de doenças reumatológicas; • Portadores de HIV ou com baixa imunidade; • Usuários de drogas injetáveis. O diagnóstico da inflamação óssea Uma vez que forem notados sintomas, é necessário buscar ajuda médica para avaliar o quadro e determinar o diagnóstico. Inicialmente, o médico irá realizar uma avaliação clínica dos sinais de infecção e dos sintomas apresentados, além do histórico do paciente. Diante dos sinais, o médico pode solicitar a realização de alguns exames para confirmar o diagnóstico, como: • Tomografia; • Ressonância magnética; • Cintilografia óssea (nos casos que o paciente possuir próteses e outras estruturas que prejudiquem a imagem dos outros exames); • Biópsia óssea; • Exames laboratoriais: • Entre outros. Como é o tratamento dessa condição? A inflamação óssea tem cura e tratamento, e ele será indicado de acordo com cada caso específico. Uma vez determinado o diagnóstico, pode ser iniciado o tratamento da inflamação. Quanto antes esse tratamento for iniciado, menor será o avanço da doença e mais rápido o paciente poderá se recuperar. No caso da fase aguda da doença, o tratamento faz uso de medicamentos antibióticos para combater os agentes infecciosos. Dependendo do tamanho e da gravidade da infecção, pode ser realizada a remoção dos tecidos infectados através de cirurgia. Na fase crônica, o tratamento é um pouco mais difícil, sendo necessário a remoção total da parte que está infeccionada para conter o avanço da doença. Dependendo do tempo que o osso ficou infeccionado, pode acontecer a perda estrutural ou necrose, e em casos mais graves, pode ser necessário amputar o membro. A limpeza cirúrgica tem como objetivo remover os focos de inflamação do osso, retirar a prótese infectada (quando necessário), e coletar material biológico para a realização de biópsias e culturas.

Reconstrução e alongamento ósseo, quando eles são indicados?

O objetivo da técnica de reconstrução e alongamento ósseo é ajudar na correção de desigualdade entre membros superiores ou inferiores (quando uma perna ou braço é mais curto do que o outro), e também no tratamento de deformidades. Essas condições podem ser de origem congênita, traumática ou neurológica. Essa cirurgia também ajuda a tratar traumatismos ósseos, esmagamento e até mesmo a necrose (quando há a necessidade de remover parte do osso para tratar e combater infecções). Outra indicação é no tratamento de lesões e fraturas que não consolidam e infecções ósseas. Essa reconstrução anatômica ajuda o paciente a retomar a sua mobilidade e reestabelecer as funções do membro afetado, ganhando em autonomia e qualidade de vida. Nos casos em que a função do membro não está prejudicada, o procedimento leva o nome de alongamento ósseo estético. A técnica mais utilizada atualmente para o alongamento ósseo é através de um fixador externo circular, que é fixado no osso a ser alongado com a ajuda de pequenas incisões. O alongamento ocorre de forma lenta, pois é necessário que o osso faça a sua parte, se regenerando e criando mais tecido. Em média, é alongado cerca de 1 milímetro por dia, até que o osso atinja o comprimento esperado. O distanciamento constante e gradual faz com que as extremidades ósseas produzam mais tecido ósseo para se encontrarem, fazendo que, no final do procedimento, o osso termine no tamanho correto. Mas a reconstrução óssea não se limita à utilização de fixadores externos, podendo aplicar diferentes técnicas, dependendo da lesão a ser corrigida, da localização ou do tamanho do osso a ser reconstituído. Para quem é indicado esse tratamento? A reconstrução e o alongamento ósseo são utilizados pra tratar diversas condições ortopédicas, como: • Discrepâncias (diferenças de tamanho entre membros superiores ou inferiores – braços e pernas); • Sequelas e complicações decorrentes de traumas (como fraturas ou esmagamentos); • Lesões que não consolidam (pseudoartrose); • Consolidação viciosa (quando ocorre a cicatrização do tecido ósseo, mas de forma incorreta); • Quebra de material implantado (como placas, parafusos e hastes); • Infecções ósseas; • Próteses que apresentam algum grau de infecção; • Pseudoartrose com processo infeccioso; • Doenças osteometabólicas; • Deformidades congênitas; • Doenças degenerativas; • Raquitismo; • Sequela de lesão fisária; • Pé torto congênito; • Entre muitas outras condições. Como é a recuperação da Reconstrução e alongamento ósseo? Por se tratar um procedimento complexo, a recuperação desse tipo de cirurgia é bastante delicada. Via de regra, para cada centímetro que foi alongado, é necessário um tempo de recuperação de 45 a 60 dias. Ou seja: nos casos onde o osso foi alongado em cinco centímetros, a recuperação pode levar, em média, de 200 a 250 dias até a completa regeneração. A reconstrução e alongamento ósseo é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia desde 1994 (quando foi fundado o comitê ASAMI, voltado para essa especialidade). Por conta do seu elevado grau de complexidade, ela só deve ser realizada por médicos especialistas em alongamento. Como é um procedimento complexo que envolve diversos riscos, é preciso escolher um profissional com bastante cautela. Antes de mais nada, é essencial verificar se o médico faz parte da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e ASAMI (Sociedade Brasileira de Reconstrução e Alongamento Ósseo), e avaliar a experiência desse profissional no ramo. Essa cirurgia envolve riscos diversos, e contar com um bom profissional pode ser a chave para garantir a segurança e o sucesso desse procedimento. A técnica de reconstrução e alongamento ósseo é voltada para tratar diversas condições ortopédicas em corrigir inúmeras deformidades ósseas (congênitas ou não). Através dela, é possível reconstituir o osso danificado para que o paciente retome a mobilidade e a qualidade de vida. Em muitos casos, essa técnica também é aplicada em pacientes que apresentam baixa estatura já adultos e desejam ficar um pouco mais altos. Nesse caso, o procedimento é chamado de alongamento ósseo estético. A reconstrução e alongamento ósseo é indicada para o tratamento de diversas condições, como: • Discrepâncias (diferenças de tamanho entre membros superiores ou inferiores – braços e pernas); • Sequelas e complicações decorrentes de traumas (como fraturas ou esmagamentos); • Lesões que não consolidam (pseudoartrose); • Consolidação viciosa (quando ocorre a cicatrização do tecido ósseo, mas de forma incorreta); • Quebra de material implantado (como placas, parafusos e hastes); • Infecções ósseas; • Próteses que apresentam algum grau de infecção; • Pseudoartrose com processo infeccioso; • Doenças osteometabólicas; • Deformidades congênitas; • Doenças degenerativas; • Raquitismo; • Sequela de lesão fisária; • Pé torto congênito; • Entre muitas outras condições. Independentemente do caso, é essencial buscar a ajuda de um médico especialista para avaliar o quadro e determinar qual o melhor tratamento a ser aplicado.