Me siga no Instagram
Essa condição é desencadeada por bactérias ou fungos, que acabam afetando determinada parte do corpo através da corrente sanguínea. A contaminação também pode acontecer por conta da exposição do osso a esses agentes, como em uma cirurgia, por conta de uma fratura exposta ou por próteses articulares. Embora esse tipo de infecção possa atingir qualquer tecido ósseo do corpo, ela é mais comum nos ossos mais longos e na coluna vertebral.
A Osteomielite pode ser classificada como aguda ou grave, dependendo do tempo de evolução:
• Osteomielite aguda: essa classificação se refere à fase inicial da contaminação, quanto ela apresenta menos de um mês de infecção. O paciente sente dor intensa, vermelhidão, inchaço localizado, sensação de calor no local da infecção e febre.
• Osteomielite crônica: se refere às infecções mais antigas, partindo de um mês de infecção, podendo levar anos. Nessa fase, os sintomas não são tão claros, dificultando o diagnóstico. O paciente pode relatar dor persistente na área, e em alguns casos, pode haver a liberação de secreção através de um furo na pele.
Embora essa condição possa afetar pessoas de todos os gêneros e idade, existem alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da Osteomielite:
• Pacientes que passaram por alguma cirurgia ortopédica com a implantação de próteses, parafusos e outros materiais, que estejam em contato direto com o tecido ósseo.
• Indivíduos que sofreram acidentes com fraturas expostas;
• Pessoas pré-diabéticas;
• Pessoas com feridas crônicas;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Pessoas que sofrem de doenças reumatológicas;
• Portadores de HIV ou com baixa imunidade;
• Usuários de drogas injetáveis.
Como é feito o diagnóstico da infecção óssea?
Quanto antes for realizado o diagnostico da infecção, mais efetivo será o tratamento. Por essa razão, assim que os primeiros sintomas forem notados, é essencial buscar a orientação de um médico especialista para realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Para identificar a lesão, o médico pode solicitar diversos exames, como:
• Tomografia;
• Ressonância magnética;
• Cintilografia óssea (nos casos que o paciente possuir próteses e outras estruturas que prejudiquem a imagem dos outros exames);
• Biópsia óssea;
• Exames laboratoriais;
• Entre outros.
O tratamento da osteomielite
A Osteomielite é curável em todas as suas fases, mas é muito importante que o diagnóstico seja realizado e o tratamento comece o quanto antes para evitar que a doença cause mais complicações. O tratamento de osteomielite aguda faz uso de antibióticos, e dependendo do caso, pode ser necessário remover o tecido infectado por meio de um procedimento cirúrgico.
No caso da osteomielite na fase crônica, o tratamento pode ser realizado através de cirurgia, e nos casos mais graves, a amputação do membro. É essencial que seja feita uma limpeza cirúrgica adequada para garantir que toda a infecção seja removida. O principal objetivo do procedimento cirúrgico é remover o foco da infecção, remover a prótese infectada quando for necessário e coletar material para a realização da biópsia e culturas.
Em alguns casos, a cirurgia pode não ser possível, como quando o paciente não tem condições de passar pelo procedimento ou quando a localização da infecção não permite a remoção do tecido infectado. Nesses casos, não há forma de curar totalmente a osteomielite, restando apenas o tratamento antimicrobiano.
Nesses pacientes, o tratamento antimicrobiano busca prevenir um quadro de sepse ou bacteremia; restringir a área infectada e agir no alívio dos sintomas.