A osteotomia do joelho é um procedimento cirúrgico indicado para correção de deformidades nos ossos e alívio da dor em pessoas com problemas articulares, como a osteoartrite. Embora seja uma opção eficaz para muitos pacientes, ela também envolve certos riscos que precisam ser considerados antes de sua realização.
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Neste material, vamos discutir os principais riscos associados a esse procedimento, para que você tenha uma visão detalhada sobre o que esperar e como minimizar as complicações após a cirurgia.
Infecção pós-operatória
A infecção pós-operatória é um dos riscos mais comuns em qualquer abordagem cirúrgica, incluindo a osteotomia de joelho. Durante o procedimento, a pele é cortada, criando uma porta de entrada para bactérias e outros agentes. Embora os profissionais tomem medidas rigorosas de esterilização para minimizar esse risco, ele nunca pode ser completamente eliminado.
A infecção pode ocorrer na área da incisão ou dentro da articulação do joelho, o que exige tratamento adicional com antibióticos e, em casos mais graves, uma nova cirurgia. Além disso, a infecção pode causar inchaço e febre. Quando não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como a perda funcional da articulação.
É muito importante que os pacientes sigam todas as orientações médicas pós-cirurgia para reduzir o risco de infecção, como a limpeza adequada das feridas e o uso dos medicamentos prescritos.
Sangramentos excessivos
O sangramento é outro risco que pode ocorrer durante a osteotomia de joelho. O sangramento excessivo é um risco maior em pacientes que têm problemas de coagulação sanguínea ou que tomam medicamentos anticoagulantes.
Durante a intervenção cirúrgica, há a possibilidade de lesionar vasos sanguíneos, resultando em sangramentos. Embora os cirurgiões passem por um treinamento intenso para controlar e minimizar esse risco, em alguns casos, a perda de sangue pode ser significativa, exigindo transfusões e medidas tradicionais.
Após a cirurgia, é necessário que o paciente monitore sinais de sangramento excessivo, como drenagem comum de sangue ou grandes hematomas. Quando não tratado, o sangramento pode comprometer a recuperação, prejudicando a cicatrização da ferida e retardando o processo de reabilitação.
Danos aos nervos e vasos sanguíneos
A osteotomia do joelho envolve o corte e reposicionamento dos ossos, o que pode colocar os nervos e vasos sanguíneos em risco. Em casos raros, pode ocorrer a lesão dessas estruturas, resultando em dormência, perda de sensibilidade e formigamento.
Quando ocorre dano aos nervos, isso também pode afetar a função motora do joelho, e, em alguns casos, levar a dor crônica. A recuperação após uma lesão nervosa pode ser prolongada e, em alguns casos, permanente. Contudo, a maioria dos danos nervosos é temporária, com uma recuperação total ocorrendo em poucos meses.
É necessário que o cirurgião avalie cuidadosamente o risco de lesão nervosa durante a cirurgia, buscando evitar qualquer tipo de complicação.
Falha na fixação óssea
Após a osteotomia, a fixação óssea é fundamental para o sucesso do procedimento. A falha na fixação óssea acontece quando os ossos não se fundem adequadamente ou se deslocam após a cirurgia.
Esse fator pode ocorrer devido a complicações durante o procedimento ou à falta de adesão ao tratamento pós-cirúrgico, como uso inadequado do suporte para o joelho ou retomada precoce das atividades físicas.
Quando essa fixação óssea falha, a cirurgia pode ser considerada mal-sucedida, sendo necessário realizar um novo procedimento. Além disso, aumenta-se o tempo de recuperação, e o paciente acaba sofrendo com dor e com a possibilidade de um tratamento menos eficaz a longo prazo.
Risco de artrose persistente ou recorrente
Embora a osteotomia do joelho seja muito eficaz para melhorar a função articular e aliviar a dor, ela não é uma cura para a osteoartrite. A artrose pode continuar seu desenvolvimento, levando a uma possível recorrência dos sintomas, como rigidez e dor no joelho. Além disso, alguns pacientes podem não obter os resultados esperados, com a persistência dos sintomas, apesar da correção realizada durante a cirurgia.
A possibilidade de recorrência pode depender de diversos fatores, como o grau de degeneração articular, a adesão do paciente à reabilitação, entre outros. Em alguns casos, pode ser necessário considerar outras alternativas, como a substituição total do joelho (artroplastia).
A osteotomia é um procedimento eficaz para muitos pacientes com deformidades no joelho, mas, como toda intervenção cirúrgica, apresenta seus riscos. Infecções, sangramentos, danos aos nervos e vasos, falha na fixação óssea e a possibilidade de recorrência dos sintomas de artrose são os principais riscos que os pacientes devem considerar.
Se você está considerando a osteotomia do joelho e tem dúvidas sobre o procedimento, agende uma consulta conosco para discutir as suas opções de tratamento.