Condromalácia patelar em jovens: por que o problema afeta também adolescentes e atletas

condromalácia patelar

A condromalácia patelar é uma das causas mais comuns de dor anterior no joelho e é caracterizada pelo amolecimento e desgaste da cartilagem localizada na parte posterior da patela. Essa estrutura é fundamental para a absorção do impacto e para o deslizamento suave da rótula sobre o fêmur. Embora a doença seja frequentemente associada ao envelhecimento e ao desgaste natural das articulações, ela também pode afetar adolescentes e jovens adultos, principalmente aqueles que praticam esportes de alto impacto. Esse cenário levanta uma dúvida importante: por que pessoas jovens, em plena fase de crescimento e com boa saúde articular, também desenvolvem condromalácia? A resposta está em fatores biomecânicos, sobrecarga, predisposição genética e até mesmo hábitos de treino inadequados. O que é condromalácia patelar e como ela se desenvolve A condromalácia patelar acontece quando a cartilagem da patela perde sua resistência natural, tornando-se mais frágil e suscetível ao desgaste. Essa alteração pode começar de forma leve, apenas com amolecimento, mas em estágios avançados evolui para fissuras e perda parcial da cartilagem. Nos jovens, a principal queixa costuma ser dor na região anterior do joelho, especialmente ao subir e descer escadas, permanecer sentado por muito tempo ou após treinos intensos. Sensação de instabilidade, estalos e inchaço leve também podem estar presentes. A condição está diretamente ligada à sobrecarga da articulação patelofemoral. Quando a patela não desliza de forma adequada sobre o fêmur, ocorre maior atrito, que compromete a integridade da cartilagem. Esse desalinhamento pode ter origem anatômica, como no caso do joelho valgo e pé plano, ou funcional, como no caso da fraqueza muscular nos quadríceps e glúteos. Embora não represente uma lesão grave em seus estágios iniciais, a atenção precoce é fundamental, pois o desgaste progressivo da cartilagem pode evoluir para quadros mais complexos, como a artrose patelofemoral no futuro. Por que adolescentes também podem ser afetados Apesar de ser mais conhecida em adultos, a condromalácia patelar é relativamente frequente em adolescentes, principalmente em meninas. Isso acontece porque, durante a puberdade, o crescimento rápido dos ossos pode não ser acompanhado pelo fortalecimento proporcional da musculatura, gerando desequilíbrio biomecânico. No caso das meninas, além do fator hormonal, a largura maior da pelve aumenta o ângulo do quadril em relação ao joelho — o chamado ângulo Q —, predispondo ao desalinhamento patelar. Essa diferença anatômica, somada à prática de esportes de impacto, eleva o risco de desgaste precoce da cartilagem. A hipermobilidade articular é outro fator extremamente comum em adolescentes. Embora essa condição permita maior flexibilidade, também favorece a instabilidade e a ocorrência de microtraumas repetitivos no joelho. É importante destacar que a condromalácia em jovens pode estar associada a outros problemas, como pés planos, alterações posturais e encurtamento muscular. Detectar essas condições precocemente ajuda a evitar complicações futuras. O impacto da prática esportiva em jovens atletas Atletas jovens, sobretudo os que praticam esportes de alto impacto como futebol, corrida, vôlei e basquete, apresentam maior risco de desenvolver condromalácia patelar. O motivo é simples: o esforço repetitivo aliado à sobrecarga favorece microlesões na cartilagem. Treinos intensos sem a preparação física adequada aumentam ainda mais esse risco. A falta de fortalecimento adequado dos quadríceps e glúteos — músculos responsáveis pela estabilização da patela — contribui para o mau alinhamento articular. Isso explica por que atletas com boa performance podem apresentar dor persistente no joelho. Erros de treino, como excesso de carga, volume elevado e recuperação inadequada, são fatores determinantes para a progressão do problema. O uso de calçados inadequados para o esporte e a prática esportiva em superfícies muito rígidas também intensificam o impacto sobre o joelho. Diferentemente de uma lesão aguda, a condromalácia em atletas se instala de forma progressiva. Muitas vezes, a dor é negligenciada e atribuída ao “cansaço do treino”, o que atrasa o diagnóstico e permite que o desgaste avance quase silenciosamente. Como prevenir e tratar em jovens A prevenção da condromalácia patelar em adolescentes e atletas está diretamente ligada ao fortalecimento muscular e ao equilíbrio biomecânico. Exercícios que priorizam quadríceps, glúteos e core são indispensáveis para reduzir a sobrecarga sobre a patela. O alongamento também desempenha papel importante, principalmente dos músculos posteriores da coxa e da banda iliotibial. Quando encurtadas, essas estruturas aumentam a pressão sobre a articulação. O trabalho de mobilidade e equilíbrio postural ajuda na correção de desalinhamentos e melhora o controle motor. A fisioterapia é a primeira escolha no tratamento. Recursos analgésicos, exercícios específicos e a correção da mecânica do movimento ajudam a reduzir significativamente os sintomas e permitem o retorno seguro às atividades. Alterações no treino, como a redução de impacto, o uso de superfícies adequadas e a escolha correta dos calçados, são medidas complementares que auxiliam na prevenção da progressão da doença. O acompanhamento médico e fisioterapêutico é fundamental para um plano de tratamento personalizado. O futuro da articulação em pacientes jovens Um dos principais desafios da condromalácia patelar em jovens é evitar que o desgaste precoce leve a problemas articulares mais sérios na fase adulta. Embora o tratamento conservador costume apresentar bons resultados, a falta de diagnóstico ou a negligência dos sintomas acelera o processo degenerativo. A boa notícia é que, quando identificada precocemente, a condromalácia patelar em adolescentes e jovens atletas pode ser controlada com medidas relativamente simples, como fortalecimento, fisioterapia e ajustes no plano de treino. Isso permite que o jovem mantenha suas atividades esportivas sem grandes restrições. Em casos mais graves, quando há falha no tratamento conservador, podem ser consideradas infiltrações ou procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. No entanto, essas situações são menos comuns em pacientes jovens. O foco deve ser sempre na prevenção e no tratamento precoce. Leia também: Condromalácia patelar dói o tempo todo? Entenda o padrão da dor Conclusão A condromalácia patelar não é exclusiva dos adultos. Adolescentes e jovens também podem ser afetados devido a fatores anatômicos, sobrecarga e desequilíbrios musculares. O tratamento precoce, baseado em fisioterapia, fortalecimento e ajustes no treino, costuma trazer bons resultados e ajuda a preservar a saúde do joelho a longo prazo. Se você ou seu filho sente dor persistente no joelho, … Ler mais

Infiltração com ácido hialurônico no joelho: quem pode se beneficiar e quanto tempo dura o efeito

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A infiltração com ácido hialurônico no joelho tem se tornado uma alternativa cada vez mais buscada para o tratamento e controle dos sintomas da artrose e de outras condições que causam dor nas articulações. Popularmente conhecida como viscossuplementação, essa técnica consiste na aplicação de uma substância semelhante ao líquido sinovial presente na articulação, com o objetivo de melhorar a lubrificação, reduzir o atrito e aliviar os sintomas. A procura por esse procedimento cresce porque, além de proporcionar um alívio significativo da dor, ele também pode atrasar a necessidade de cirurgias mais invasivas, como a prótese de joelho. Entretanto, nem todos os pacientes são candidatos ideais. Por isso, entender quem realmente pode se beneficiar dessa estratégia e por quanto tempo o efeito dura é essencial para alinhar expectativas e garantir melhores resultados. O que é infiltração com ácido hialurônico e como ela funciona O ácido hialurônico é uma substância naturalmente presente no corpo, principalmente no líquido sinovial, que funciona como lubrificante nas articulações. Com o avanço da artrose, há redução tanto na quantidade quanto na qualidade desse material, o que contribui para o aumento do atrito entre os ossos e resulta em dor e rigidez articular. Na infiltração, o médico aplica diretamente no joelho uma versão sintetizada do ácido hialurônico, em diferentes concentrações e viscosidades. Essa substância age como suplemento da cartilagem, restaurando parcialmente as propriedades do líquido sinovial. Além da lubrificação, estudos mostram que o ácido hialurônico também possui propriedades anti-inflamatórias e pode estimular a produção natural da substância pelo organismo, trazendo uma melhora mais duradoura. O procedimento é realizado em consultório, geralmente guiado por imagem para garantir precisão e segurança. É uma técnica minimamente invasiva, com baixo risco de complicações quando realizada por um especialista. Quem pode se beneficiar da infiltração O perfil ideal para a infiltração com ácido hialurônico inclui pacientes com artrose de joelho em estágio leve a moderado. Nessas fases, ainda existe uma quantidade razoável de cartilagem preservada, o que contribui para que o efeito da viscossuplementação seja mais eficiente. Nos casos mais avançados, quando o desgaste já é muito severo, os resultados tendem a ser menos satisfatórios. Outro grupo que pode se beneficiar são pacientes que não obtiveram melhora adequada com tratamentos conservadores. Para essas pessoas, a infiltração pode representar uma alternativa intermediária antes de considerar a cirurgia. Indivíduos que praticam atividade física regular, mas apresentam dor crônica no joelho devido à artrose, também costumam responder bem ao procedimento. Nesses casos, a melhora da lubrificação articular ajuda a manter a mobilidade e a qualidade de vida. Além disso, pacientes que não podem fazer uso prolongado de medicamentos devido a efeitos colaterais — como problemas gástricos ou renais provocados pelos anti-inflamatórios — encontram na infiltração uma forma eficaz e segura de controlar a dor. Quanto tempo dura o efeito da infiltração A duração do efeito varia de acordo com fatores como estágio da artrose, resposta individual de cada paciente e tipo de ácido hialurônico utilizado. Em média, os benefícios podem ser sentidos por um período de 6 meses a 1 ano. Nos primeiros dias após a aplicação, é comum que o paciente não perceba melhora imediata, já que o ácido hialurônico leva algum tempo para exercer seus efeitos. A redução da dor e o aumento da mobilidade tendem a se consolidar gradualmente ao longo das semanas seguintes. Em alguns casos, os médicos recomendam esquemas com mais de uma aplicação, espaçadas em intervalos pré-determinados, para melhores resultados. Outros protocolos utilizam apenas uma aplicação de alta concentração — isso varia conforme o produto utilizado e a avaliação médica. Embora o efeito não seja permanente, a infiltração pode ser repetida periodicamente, sempre com avaliação e indicação médica, como parte de um plano de tratamento contínuo. Leia também: Cuidados Pós-Procedimento de Infiltração no Joelho: Dicas para uma Recuperação Rápida Cuidados antes e depois do procedimento Antes da infiltração, o médico realiza uma avaliação clínica detalhada e pode solicitar exames de imagem para confirmar o estágio da artrose e descartar outras condições. Pacientes com infecção ativa no joelho ou doenças de pele no local da aplicação não devem realizar o procedimento até estarem completamente recuperados. No dia da aplicação, recomenda-se que o paciente evite esforços excessivos. O procedimento é feito com anestesia local ou sedação leve, dependendo do caso, e dura poucos minutos. Após a infiltração, pode haver leve desconforto ou sensação de peso no joelho, mas esses sintomas costumam desaparecer em poucos dias. Nos primeiros dias, é recomendado evitar exercícios intensos ou atividades de impacto, como corrida. O retorno gradual às atividades deve ser orientado pelo médico ou fisioterapeuta responsável pelo tratamento. Os efeitos adversos são raros, mas podem incluir dor temporária no local da aplicação, inchaço leve ou reação inflamatória transitória. Infecções são extremamente incomuns quando a técnica é realizada em ambiente adequado e por profissionais capacitados. Outras opções e combinação de tratamentos A infiltração com ácido hialurônico pode ser utilizada de forma isolada ou combinada a outros recursos terapêuticos. A fisioterapia, por exemplo, é uma aliada fundamental, já que o fortalecimento muscular contribui para reduzir a sobrecarga sobre o joelho e prolongar os efeitos do procedimento. O controle do peso corporal também tem impacto direto nos resultados. Cada quilo a menos reduz significativamente a pressão sobre a articulação, favorecendo o efeito da infiltração e retardando a progressão da artrose. Outra alternativa é a associação com infiltrações de corticosteroides, indicada principalmente quando há inflamação intensa. Contudo, essas aplicações têm duração mais curta e não devem ser repetidas com frequência devido a possíveis efeitos colaterais. Conclusão A infiltração com ácido hialurônico no joelho é uma opção eficaz para pacientes com artrose leve a moderada que buscam alívio da dor e melhora da mobilidade. Embora não represente uma cura, pode oferecer meses de qualidade de vida e postergar a necessidade de tratamentos invasivos, como a prótese de joelho. Se você sofre com dor no joelho e quer saber se a infiltração com ácido hialurônico é indicada para o seu caso, agende uma consulta agora mesmo.

Condromalácia patelar dói o tempo todo? Entenda o padrão da dor

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A condromalácia patelar é uma das causas mais comuns de dor na região anterior do joelho, principalmente em pessoas ativas, praticantes de atividades que envolvem agachamentos, saltos ou corrida, além de mulheres jovens. Essa condição é caracterizada pela degeneração da cartilagem responsável por revestir a parte posterior da patela, gerando atrito, inflamação e dor. Nesse sentido, uma dúvida muito comum entre os pacientes é se a condromalácia patelar dói o tempo todo. A resposta é: depende. O padrão da dor pode variar de acordo com o grau da lesão, os hábitos do paciente e a resposta do organismo à sobrecarga. Neste material, vamos esclarecer como essa dor se manifesta, quando ela costuma ser mais intensa e como lidar com o desconforto para manter a qualidade de vida. O que é condromalácia patelar e por que ela causa dor? A cartilagem patelar tem a função de amortecer o contato entre a patela e o fêmur durante os movimentos de flexão e extensão do joelho. Quando essa cartilagem está desgastada ou amolecida (condição chamada de condromalácia), o atrito entre as estruturas ósseas aumenta, levando à inflamação e dor na parte da frente do joelho. Essa dor pode se agravar com atividades que exigem flexão do joelho ou aumentam a pressão na articulação patelofemoral. A condromalácia é dividida em quatro graus, de acordo com a gravidade. No grau 1, há apenas o amolecimento da cartilagem; no grau 4, observa-se a perda total da cartilagem, com exposição do osso subcondral. Naturalmente, quanto maior o grau, mais intensa e constante tende a ser a dor. No entanto, o grau da lesão nem sempre é proporcional ao incômodo relatado. Pacientes com lesões leves podem sentir muita dor, e o oposto também pode ocorrer. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento da condromalácia estão o desalinhamento da patela, encurtamentos musculares, fraqueza muscular, excesso de impacto, sobrepeso e alterações biomecânicas na marcha. Mulheres são mais suscetíveis por conta da anatomia do quadril e da maior frequência de valgo dinâmico. Leia também: Tratamento para condromalácia patelar grau IV, opções cirúrgicas e não cirúrgicas A condromalácia patelar dói o tempo todo? A dor da condromalácia patelar nem sempre é constante, mas pode se tornar mais frequente nas fases avançadas da condição ou em períodos de crise inflamatória. Nos estágios iniciais, é comum que o paciente sinta dor apenas durante a realização de atividades específicas, como agachar, correr, subir escadas ou permanecer muito tempo sentado com o joelho dobrado. Conforme o quadro evolui, a dor pode aparecer em repouso ou mesmo durante atividades cotidianas, como caminhar em terreno plano ou ficar de pé por longos períodos. Em alguns casos, o incômodo se manifesta como uma sensação de peso, queimação, estalos ou pressão na região anterior do joelho. Durante as crises inflamatórias, a dor pode ser contínua, principalmente à noite, e vir acompanhada de inchaço, dificuldade para apoiar o peso e limitação de movimento. Esse padrão é muito comum em pacientes com condromalácia grau 3 ou 4, especialmente quando a articulação está sobrecarregada por esforço físico intenso ou posturas inadequadas. É importante ressaltar que o padrão da dor varia muito de paciente para paciente. Algumas pessoas relatam dor leve, mas persistente ao longo do dia; outras, picos de dor intensa durante determinadas atividades. A individualização da resposta inflamatória, o nível de atividade física e a qualidade da musculatura estabilizadora são fatores que influenciam a intensidade e a frequência do desconforto. O que pode agravar a dor da condromalácia patelar? Diversos fatores podem piorar o quadro de dor da condromalácia patelar. Entre os principais estão: fraqueza muscular, sedentarismo, sobrepeso, desalinhamento do joelho e realização inadequada de exercícios. Quando combinados, esses elementos aumentam a pressão na articulação patelofemoral e favorecem o desgaste progressivo da cartilagem. O sedentarismo é especialmente prejudicial, pois reduz a força dos músculos que estabilizam a patela, como quadríceps e glúteo médio. Com esses músculos enfraquecidos, há um comprometimento do controle do movimento do joelho, gerando microtraumas repetitivos na cartilagem já lesionada. Além disso, a falta de atividade física favorece o acúmulo de peso corporal — outro fator que amplia a sobrecarga articular. Algumas atividades físicas podem agravar a dor quando realizadas de forma inadequada ou sem acompanhamento profissional. Corridas em aclive, saltos, exercícios de impacto excessivo e agachamentos profundos acentuam a pressão da patela contra o fêmur. Por isso, é necessário que o plano de exercícios seja personalizado e adaptado ao grau da condromalácia do paciente. Além do esforço físico, questões biomecânicas e posturais também influenciam. Pacientes com pés pronados, joelho valgo ou alterações na rotação do quadril têm maior predisposição a desalinhamentos patelares, o que contribui para o agravamento da dor. Nesses casos, o uso de palmilhas ortopédicas e correções posturais podem ser de grande ajuda. Como aliviar a dor e melhorar o padrão de movimento A boa notícia é que a condromalácia patelar, na maior parte dos casos, pode ser tratada por meio de uma abordagem conservadora, com grande alívio da dor. O tratamento se baseia em três pilares: fortalecimento muscular, correção biomecânica e modulação da dor. Combinando esses fatores, é possível restaurar o controle articular e reduzir a sobrecarga na patela. O fortalecimento do quadríceps, principalmente da porção medial (vasto medial oblíquo), é uma das estratégias mais eficazes para a melhora dos sintomas. Esse músculo ajuda a manter a patela centrada no sulco femoral durante a movimentação do joelho, reduzindo o atrito. Glúteos e core também devem ser trabalhados para contribuir com a estabilidade global do membro inferior. A fisioterapia é o recurso mais indicado para os quadros sintomáticos. Eletroterapia, liberação miofascial, cinesioterapia e exercícios terapêuticos são técnicas que ajudam a controlar a dor, restaurar a função do joelho e melhorar o alinhamento. O controle do peso corporal e o ajuste do calçado para a prática esportiva também ajudam a evitar crises de dor. Com um plano de tratamento bem estruturado e acompanhado, é possível manter a funcionalidade do joelho e retomar as atividades sem desconforto. Quando a condromalácia exige atenção especializada? Nem todos os … Ler mais

Condromalácia patelar tem cura?

Condromalácia patelar

A condropatia femoro patelar, ou condromalácia patelar, consiste em uma doença cartilaginosa que afeta as articulações, sendo uma das condições mais prevalentes entre na população. Por conta da dor causada e inibição dos movimentos, a condromalácia pode causar um grande impacto na rotina e no bem-estar dos pacientes.   A dor no joelho causada por essa condição  é proveniente do atrito crônico ou excessivo entre as superfícies ósseas da articulação. Isso se dá por conta do desgaste ou perda do tecido cartilaginoso responsável pela proteção dos ossos.   Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de condromalácia patelar são:   Excesso de peso; Sobrecarga nas articulações; Uso de calçados inadequados durante a prática esportiva; fraqueza muscular ou atrofia muscular; Anormalidades na patela; Pé chato; Discrepâncias de tamanho entre os membros inferiores; Alterações de biomecânica.   Devido ao seu impacto, a condromalácia precisa ser tratada para melhorar a qualidade do movimento, reduzir a dor e trazer mais fortalecimento para os membros inferiores. Isso quer dizer que, quanto melhor for o trabalho exercido pelos músculos, menor será o impacto sofrido pelas articulações. Por essa razão,  uma das abordagens mais utilizadas pelos médicos é o tratamento fisioterapêutico.   Muitos pacientes, por conta da dor causada pela doença, deixam de realizar os movimentos do dia-a-dia e praticar atividades físicas, de forma que se tornam mais sedentários. Isso faz com que os músculos sofram um processo de atrofia, fazendo com que a condição piore com o passar do tempo.    Além da fisioterapia, o médico também pode recomendar a infiltração com ácido hialurônico para ajudar a aumentar a proteção da cartilagem, melhorar a dor e proporcionar mais liberdade para que haja um maior ganho muscular no paciente.   Ainda que a medicina regenerativa venha apresentando muitos avanços nos últimos anos, muitas pessoas têm dúvidas se a condromalácia patelar tem cura. A boa notícia é que, realizando o tratamento adequado, seguindo todas as orientações passadas pelo médico e mantendo uma rotina ativa, é possível sim obter a cura da condromalácia.    Nos casos onde o tratamento conservador com fisioterapia, medicamentos para controle da dor e da inflamação e a infiltração com ácido hialurônico não conseguem entregar os resultados esperados, o médico pode optar pelo tratamento cirúrgico dessa condição utilizando algumas técnicas, como a implantação de uma membrana de colágeno. Essa essa abordagem tem como objetivo proporcionar a regeneração da cartilagem e trazer mais qualidade de vida para o paciente. Saiba mais:  Principais sintomas da Condromalácia patelar 

Cirurgia para menisco discóide

Cirurgia para menisco discóide

Você já ouviu falar em menisco discóide? A anatomia padrão do menisco lembra a letra c, contudo, algumas pessoas podem apresentar o menisco em um formato anormal, semelhante a um disco, de onde deriva o nome menisco discóide.   Dependendo do caso, as pessoas que possuem menisco discóide podem não apresentar os ligamentos que mantém o menisco fixo à musculatura do joelho, o que pode ou nao causar algum sintoma. É comum que o menisco discóide não seja notado por muitos anos, porém, com o passar do tempo e com a demanda exigida pelo joelho, apresentarem dor no joelho, sensação de estalido (em alguns casos, audível) dificuldade para esticar totalmente o joelho e inchaço na região.   Quando o menisco discóide se torna um problema, é necessário buscar ajuda de um médico especialista para avaliar o quadro e, caso necessário, realizar uma cirurgia para corrigir essa condição e avaliar os sintomas.   Essa cirurgia é feita através de uma técnica chamada de artroscopia, que consiste em um procedimento minimamente invasivo que, com ajuda de uma câmera microscópica e instrumentos milimétricos que são inseridos dentro do joelho,  permite que o médico ajuste o formato do menisco ou prenda a estrutura ao joelho. A abordagem a ser adotada vai depender do quadro do paciente e das suas necessidades.    Esse menisco anatomicamente diferente pode tornar a articulação do joelho mais suscetível a lesões, como rupturas traumáticas ou um maior desgaste. Saiba mais: Lesões de menisco em jogadores de futebol    Como é feito o tratamento do menisco discóide?    O tratamento sem cirurgia pode incluir a reabilitação, fisioterapia e fortalecimento da musculatura para que o paciente consiga corrigir os movimentos inadequados e aumentar a estabilidade da articulação. Em alguns casos, onde há inflamação intensa nos tecidos, o médico pode indicar a infiltração de medicação antiinflamatória diretamente no joelho. Saiba mais: Tratamento Conservador  De qualquer forma, o tratamento depende única e exclusivamente da avaliação realizada pelo cirurgião, que inclui a análise clínica e do histórico do paciente, e de exames complementares.    Caso o paciente não apresente nenhum dos sintomas relacionados, a intervenção cirúrgica não é necessária. Em geral, o médico busca manter a maior quantidade de menisco para garantir a proteção da articulação.

Lesões de menisco em jogadores de futebol

Lesões de menisco em jogadores de futebol

A prática de esportes e atividades físicas é muito importante para garantir a saúde tanto física quanto emocional. Contudo, essas atividades também envolvem alguns riscos de lesões, como é o caso das lesões de menisco. Um dos esportes onde esse tipo de lesão ocorre com bastante frequência é o futebol, que por conta do alto impacto, é uma atividade que favorece a incidência de quedas e impactos de colisões, além do desgaste de determinadas estruturas do corpo.   Embora a lesão de menisco seja bastante comum, ela pode causar um grande impacto na rotina e na qualidade de vida dos pacientes. Os meniscos consistem em estruturas que fazem parte da articulação do joelho. Ela ficam localizadas na parte superior da tíbia e são responsáveis pela distribuição da carga e absorção do impacto sofrido durante a movimentação.    Lesões nessas estruturas podem prejudicar a estabilidade da articulação e aumentar o desgaste em entre as estruturas presentes no joelho.    Os meniscos são divididos em dois tipos:   Menisco lateral Fica localizado na porção externa do joelho, ajuda na rotação da articulação durante o movimento de extensão e flexão. É uma região mais enervada, e por esse motivo, pode causar uma dor mais intensa quando lesionada.   Menisco medial Fica localizado na porção interna do joelho e é responsável pela estabilidade. As lesões nesse menisco são mais comuns, principalmente por conta da sua capacidade reduzida de movimentação e suporte a determinados movimentos.   Como acontecem as lesões de menisco no jogadores de futebol?    Como dissemos anteriormente, o futebol é um esporte de alto impacto, o que favorece a incidência de lesões e traumas. As lesões de menisco nesse esporte podem acontecer de diferentes maneiras, como:   Trauma: esse tipo de lesão é causada por torções e impactos e podem vir acompanhadas de lesões em outras estruturas presentes no joelho, como a lesão do ligamento cruzado anterior e fraturas. Essas lesões são classificadas em radiais longitudinais ou oblíquas.    Fadiga: essa lesão é causada pelo esforço repetitivo ou impactos excessivos no menisco.    Lesão de desgaste ou degenerativa: essas lesões podem acontecer juntamente com outras alterações no joelho, podendo ser horizontais e complexas.    Dependendo do tipo de lesão, a estrutura do menisco pode acabar se rompendo, gerando um corte, uma alça ou um flap.    Sintomas da lesão de menisco   Os principais sintomas da lesão meniscal são: Dor na região; Estalos durante a prática de atividades físicas, esportes e até mesmo durante movimentos do dia-a-dia; Sensação de travamento; Instabilidade; Inchaço.  Saiba mais: Lesão de menisco jogando futebol,quais os sintomas ? Dependendo do menisco lesionado, a dor pode ser localizada na porção interna ou externa do joelho. Tratamento para lesões de Menisco   Na maior parte dos casos, o tratamento das lesões de menisco é realizado através de uma técnica chamada artroscopia. Essa cirurgia conta com ajuda de instrumentos e uma microcâmera para facilitar o processo, onde o médico pode realizar a retirada parcial do menisco ou a sutura da região lesionada.   O tratamento é na maior parte cirúrgico por conta da falta de circulação sanguínea nessa região, de forma que elas apresentam uma baixa capacidade regenerativa.    Em pacientes com lesões degenerativas ou idade mais avançada, pode ser realizada também a infiltração com ácido hialurônico com foco no alívio dos sintomas e melhoria da qualidade de vida.   As lesões mais comuns no menisco são:   Degeneração mixóide: nessa lesão, a parte interna do menisco sofre com processo de liquefação que geralmente está relacionado ao envelhecimento da estrutura, ou seja: um processo que ocorre de forma natural. Alguns pacientes podem apresentar lesões degenerativas ou meniscopatia degenerativa.   Meniscopatia degenerativa: também relacionada com o envelhecimento dos meniscos, ela pode estar associada com a formação de um cisto perimeniscal.   Extrusão meniscal: essa lesão, assim como as anteriores, também está relacionada ao envelhecimento dos meniscos. Nesse caso, ele sofre um deslocamento da sua região de origem, fazendo com que aumente a pressão da cartilagem entre o fêmur e a tíbia. Esse processo pode favorecer o desenvolvimento de artrose.