O ácido hialurônico tem se consolidado como uma das terapias mais utilizadas no tratamento das dores articulares, principalmente no joelho. Conhecida popularmente como infiltração de ácido hialurônico, essa técnica busca restaurar a lubrificação da articulação e reduzir o atrito sofrido nas superfícies ósseas, aliviando a dor e melhorando a mobilidade.
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Embora essa técnica tenha ganhado muita notoriedade entre pacientes com artrose, o uso do ácido hialurônico vai muito além. Ele é recomendado também nas fases iniciais de desgaste, após cirurgias e até em atletas que sofrem com sobrecarga articular. Entender quando essa terapia faz sentido — e quando ela pode não trazer o benefício esperado — é fundamental para garantir resultados eficazes e seguros.
O que é ácido hialurônico e como ele atua no joelho
O ácido hialurônico é uma substância naturalmente presente no corpo humano, com alta concentração no líquido sinovial — fluido responsável por lubrificar e proteger as articulações. Seu papel principal é reduzir o atrito entre as superfícies ósseas, absorver impactos e contribuir para a nutrição da cartilagem.
Nos casos de artrose ou com o avanço da idade, a concentração e a qualidade do ácido hialurônico no líquido sinovial reduzem significativamente. Isso faz com que o joelho perca sua capacidade de amortecimento, levando a dor, rigidez e inflamação. A infiltração, nesse caso, tem como objetivo restaurar temporariamente essas propriedades, oferecendo uma lubrificação artificial adicional que melhora a função articular.
Além do seu efeito mecânico, o ácido hialurônico também apresenta ação biológica, estimulando a produção natural do fluido sinovial e modulando o quadro inflamatório local.
O procedimento é minimamente invasivo, realizado em consultório e geralmente sob orientação por ultrassom para maior precisão. A substância é aplicada diretamente na articulação, e o número de sessões varia conforme o tipo de produto e o grau do comprometimento.
Quando o uso é indicado?
A infiltração com ácido hialurônico é indicada principalmente para pacientes com artrose leve a moderada, em que ainda há preservação parcial da cartilagem. Nesses casos, o tratamento consegue, muitas vezes, atrasar a progressão da doença, melhorar a mobilidade e reduzir a necessidade de analgésicos ou anti-inflamatórios de uso contínuo.
Também é uma boa alternativa para pacientes que não obtiveram melhora com medicamentos orais ou fisioterapia, mas que ainda não apresentam indicação para cirurgia. Atletas e praticantes de atividade física intensa com sobrecarga articular também podem se beneficiar, principalmente nos casos de dor após treinos e inflamação leve.
Após cirurgias no joelho, como artroscopia ou reconstrução ligamentar, a infiltração ajuda na recuperação, reduzindo o atrito e protegendo a cartilagem remanescente durante a reabilitação.
Entretanto, nos casos de artrose avançada, quando há destruição completa da cartilagem e deformidade óssea, o ácido hialurônico apresenta eficácia limitada. Nesses estágios, o tratamento cirúrgico — como a artroplastia total — tende a oferecer resultados mais duradouros e funcionais.
Tipos de ácido hialurônico e diferenças entre formulações
Nem todos os produtos disponíveis no mercado são iguais. O ácido hialurônico utilizado em infiltrações pode variar em peso molecular, origem e apresentação, e essas diferenças podem influenciar diretamente a duração e a resposta clínica do tratamento.
Os produtos de baixo peso molecular são mais fluidos e apresentam efeito lubrificante imediato; entretanto, têm menor duração. Já os de alto peso molecular possuem maior viscosidade, permanecendo mais tempo na articulação e proporcionando alívio prolongado da dor — muitas vezes por até seis meses.
Existem também formulações reticuladas, em que as moléculas são entrelaçadas quimicamente, aumentando a estabilidade e a resistência à degradação. Essas versões tendem a exigir menos aplicações, mas costumam ter um custo mais elevado.
Alguns produtos podem ser combinados com substâncias bioativas, como sorbitol ou manitol, que reduzem a oxidação e potencializam a durabilidade do ácido hialurônico. A escolha da formulação ideal vai depender da avaliação do médico responsável, do estágio da artrose e das expectativas do paciente quanto ao tempo de efeito e à frequência das aplicações.
Benefícios e limitações da infiltração
Os benefícios do ácido hialurônico vão além do alívio da dor. Ele melhora a função articular, facilita o movimento e reduz a rigidez, permitindo que o paciente volte mais rapidamente às suas atividades diárias. A melhoria na qualidade de vida é significativa, principalmente entre os pacientes que sofrem com desconforto crônico.
A segurança do procedimento é outro ponto muito positivo. Por ser uma substância biocompatível, semelhante à produzida naturalmente pelo corpo, o risco de efeitos colaterais é mínimo. Quando ocorrem, as reações adversas são leves e temporárias, como inchaço ou sensibilidade.
Entretanto, é importante lembrar que o tratamento tem limitações. Ele não regenera a cartilagem nem interrompe definitivamente a progressão da artrose. Seu efeito é sintomático e temporário, variando entre três e doze meses, dependendo do produto e da resposta individual do paciente.
O ácido hialurônico também não deve ser aplicado em articulações inflamadas por infecção ou em pacientes com alergia a algum componente da fórmula. Por essa razão, a avaliação médica é imprescindível antes da indicação.
Em longo prazo, a infiltração pode ajudar a adiar a necessidade de cirurgia, principalmente em pacientes mais jovens ou com artrose em graus iniciais. Quando bem indicada e acompanhada, é uma ferramenta valiosa no controle da dor e na preservação da função.
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