A tendinite patelar é uma condição causada por esforço repetitivo que atinge o tendão patelar, estrutura extremamente importante em nosso joelho. Essa condição é muito comum entre atletas e esportistas, sendo recorrente em diversas modalidades, como futebol, basquetebol, triatlo, ciclismo, atletismo, corrida de rua, e muitas outras.
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Por conta da sua anatomia, o joelho está frequentemente sujeito a desenvolver inúmeras condições. O tendão patelar é uma estrutura responsável por conectar a parte final da nossa patela há uma estrutura chamada de tuberosidade tibial anterior. Esse tendão está recoberto por uma membrana fina (Peri-tendão) que tem como objetivo fornecer sangue para essa estrutura. Alterações na vascularização dessa estrutura resultam em tendinite patelar.
A principal função do tendão patelar é garantir a extensão do joelho, que está presente nos movimentos de correr, chutar e pular. Ele também está muito presente na desaceleração que realizamos durante a prática esportiva e quando descemos uma escada.
Agindo em conjunto com o quadríceps e o tendão quadricipital, o tendão patelar é uma estrutura essencial para os nossos movimentos de frenagem e aceleração. Conhecida também como joelho de saltador ,a tendinite patelar é uma condição que acomete em maior parte pessoas que realizam saltos e aterrissagem bruscas, como os jogadores de basquete. Embora possa afetar pessoas mais velhas, ela é mais comum entre homens de 20 a 30 anos.
Além da atividade esportiva, existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento de tendinite patelar, como veremos a seguir:
- Falta de alongamento ou encurtamento do tendão;
- Desequilíbrio muscular;
- Fatores anatômicos, como a patela alta ou a patela bicuda;
- Doenças crônicas, como doenças auto-imunes, insuficiência renal, artrite reumatóide, diabetes, entre outras.
O principal sintoma da tendinite patelar é a dor no joelho, que pode aparecer após a atividade física e durante a noite. Pacientes que sofrem com essa condição muitas vezes conseguem realizar atividades físicas durante o dia, porém com repouso noturno a dor pode se intensificar, podendo prejudicar tarefas cotidianas como andar ou subir e descer escadas.
O diagnóstico desse tipo de tendinite depende da avaliação clínica e do histórico do paciente. É muito importante que o médico saiba as condições da dor, se ela ocorre de maneira repentina, se é antes, durante ou depois de uma atividade física e o padrão de intensidade. Além desses fatores, o médico também pode solicitar a realização de alguns testes biomecânicos e exames de imagem, a fim de determinar um diagnóstico mais preciso.
Classificação da Tendinite Patelar
- Fase 1: dor se manifesta após atividade física, mas sem prejudicar a performance.
- Fase 2: a dor se manifesta durante a realização dos esportes e depois, mas o paciente ainda consegue realizar suas atividades. nessa fase, a dor pode se intensificar durante a noite, prejudicando os padrões de sono.
- Fase 3: nesta fase a dor não permite a realização de atividades físicas por conta da sua intensidade.
- Fase 4: na fase mais grave da doença, a ruptura total do tendão patelar, sendo necessário uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema.
O tratamento da tendinite patelar na maior parte dos casos inclui uma abordagem conservadora, que inclui medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia e terapias por onda de choque. A cirurgia somente é indicada em casos mais graves, pacientes muito ativos com sinais de uma possível ruptura e pacientes que não obtiveram bons resultados com a abordagem conservadora.
Saiba mais: Tendinite patelar tratamento e que medico procurar.