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Esse deslocamento é seguido por dor intensa e prejuízo da mobilidade do joelho afetado. Fisicamente, o indivíduo consegue sentir, e dependendo do caso, até mesmo visualizar que a patela saiu do lugar. É muito comum que ela retome a posição correta no mesmo momento, e somente alguns casos é necessário que isso seja feito por um médico.
Mesmo que a patela não tenha saído do lugar, algumas pessoas sentem alguma insegurança, o que é chamado de apreensão patelar. Nesse caso, ainda que a patela esteja em sua posição correta, o paciente pode sentir bastante incômodo, dor no joelho e ter alguma dificuldade em realizar atividades rotineiras.
Para garantir que o melhor tratamento seja recomendado, é imprescindível que o paciente procure um médico especialista para obter o diagnóstico correto. Através de uma avaliação clínica e com a realização de alguns exames (como a ressonância magnética), o médico consegue identificar sinais de luxações, lesões ou alterações anatômicas na patela. Caso seja necessário, o médico pode solicitar alguns exames complementares para garantir um diagnóstico mais específico.
O tratamento de instabilidade patelar
Uma vez determinado o diagnóstico, pode ser realizado o tratamento com abordagem conservadora ou cirúrgica. A escolha do tratamento vai depender do quadro e das características médicas da condição, e essa pauta deve ser discutida entre o médico e o paciente.
Na abordagem conservadora, o médico pode recomendar a imobilização do membro afetado, além de um processo de fortalecimento muscular intenso, principalmente da região do quadril e das coxas. O principal objetivo desse tratamento é evitar que novas luxações aconteçam e que a apreensão patelar seja reduzida, diminuindo o desconforto e a insegurança.
O tratamento cirúrgico é indicado nos seguintes casos:
Luxações recorrentes (deslocamento da patela);
Condição associada à lesões de cartilagem;
Apreensão patelar que atrapalha a rotina e a realização de atividades rotineiras.
Contudo, mesmo que o paciente não apresente alguma dessas condições citadas, ele ainda pode optar pelo tratamento cirúrgico para tratar a sua instabilidade patelar. O procedimento a ser realizado vai depender de acordo com as características da condição, do histórico e das necessidades do paciente.
Dessa forma, o pós operatório também vai depender do procedimento que foi realizado. Geralmente, o paciente precisa de um período de imobilização, além da ajuda de muletas para evitar a sobrecarga e poupar o membro que foi operado. Na maior parte dos casos, mesmo com a necessidade de imobilização, o paciente já pode apoiar o pé no chão e remover o imobilizador para movimentar o joelho periodicamente.
É muito importante seguir todas as orientações passadas pelo médico responsável, de forma a garantir os melhores resultados com o procedimento realizado. Dessa forma, tanto a instabilidade patelar quanto a apreensão patelar poderão ser resolvidas, restabelecendo a qualidade de vida do paciente. A reabilitação é igualmente importante, e inclui o fortalecimento e o restabelecimento da mobilidade do joelho que foi operado.