Instabilidade patelar – por que isso acontece?

Também conhecida como rótula, a patela é uma das estruturas mais importantes do joelho, sendo responsável pela transmissão de força dessa articulação. Porém, em alguns casos, essa estrutura pode acabar se deslocando para fora da sua posição correta, o que é chamado de instabilidade patelar (luxação patelar).

Esse deslocamento é seguido por dor intensa e prejuízo da mobilidade do joelho afetado. Fisicamente, o indivíduo consegue sentir, e dependendo do caso, até mesmo visualizar que a patela saiu do lugar. É muito comum que ela retome a posição correta no mesmo momento, e somente alguns casos é necessário que isso seja feito por um médico.

Mesmo que a patela não tenha saído do lugar, algumas pessoas sentem alguma insegurança, o que é chamado de apreensão patelar. Nesse caso, ainda que a patela esteja em sua posição correta, o paciente pode sentir bastante incômodo, dor no joelho e ter alguma dificuldade em realizar atividades rotineiras.

Para garantir que o melhor tratamento seja recomendado, é imprescindível que o paciente procure um médico especialista para obter o diagnóstico correto. Através de uma avaliação clínica e com a realização de alguns exames (como a ressonância magnética), o médico consegue identificar sinais de luxações, lesões ou alterações anatômicas na patela. Caso seja necessário, o médico pode solicitar alguns exames complementares para garantir um diagnóstico mais específico.

O tratamento de instabilidade patelar

Uma vez determinado o diagnóstico, pode ser realizado o tratamento com abordagem conservadora ou cirúrgica. A escolha do tratamento vai depender do quadro e das características médicas da condição, e essa pauta deve ser discutida entre o médico e o paciente.

Na abordagem conservadora, o médico pode recomendar a imobilização do membro afetado, além de um processo de fortalecimento muscular intenso, principalmente da região do quadril e das coxas. O principal objetivo desse tratamento é evitar que novas luxações aconteçam e que a apreensão patelar seja reduzida, diminuindo o desconforto e a insegurança.

O tratamento cirúrgico é indicado nos seguintes casos:

Luxações recorrentes (deslocamento da patela);
Condição associada à lesões de cartilagem;
Apreensão patelar que atrapalha a rotina e a realização de atividades rotineiras.

Contudo, mesmo que o paciente não apresente alguma dessas condições citadas, ele ainda pode optar pelo tratamento cirúrgico para tratar a sua instabilidade patelar. O procedimento a ser realizado vai depender de acordo com as características da condição, do histórico e das necessidades do paciente.

Dessa forma, o pós operatório também vai depender do procedimento que foi realizado. Geralmente, o paciente precisa de um período de imobilização, além da ajuda de muletas para evitar a sobrecarga e poupar o membro que foi operado. Na maior parte dos casos, mesmo com a necessidade de imobilização, o paciente já pode apoiar o pé no chão e remover o imobilizador para movimentar o joelho periodicamente.

É muito importante seguir todas as orientações passadas pelo médico responsável, de forma a garantir os melhores resultados com o procedimento realizado. Dessa forma, tanto a instabilidade patelar quanto a apreensão patelar poderão ser resolvidas, restabelecendo a qualidade de vida do paciente. A reabilitação é igualmente importante, e inclui o fortalecimento e o restabelecimento da mobilidade do joelho que foi operado.

Fale conosco
Posso ajudar?
Olá! Podemos te ajudar?