Alongamento ósseo estético

Muitas vezes, possuir uma baixa estatura acaba causando diversos transtornos para um indivíduo, que vai muito além das questões estéticas. Existe uma parcela da população que sofre diversas consequências psicológicas e emocionais, que podem trazem um grande impacto e prejudicar a qualidade de vida dessas pessoas. E uma das soluções mais eficientes e definitivas para essa situação, é o Alongamento Ósseo Estético.

O avanço da medicina permitiu que inúmeros procedimentos fossem criados para melhorar a vida das pessoas, e uma dessas técnicas foi o alongamento ósseo estético. Essa cirurgia é complexa, e foi desenvolvida especificamente para aumentar a estatura ou igualar desigualdades entre membros (problema que pode impactar a mobilidade e prejudicar funções motoras). Embora pareça invasiva, essa técnica pode ser aplicada com tranquilidade.

A técnica foi criada na década de 50, na Rússia, e era aplicada para corrigir deformidades, condições ósseas, fraturas, traumas e outras discrepâncias. Contudo, atualmente já é realizada em todo o mundo, não só para esse tipo de correção, como também para aumentar a estatura de pessoas e trazer uma maior qualidade de vida.

Para muitas pessoas que possuem estatura dentro da média e não sofrem com a pressão estética, ou com “brincadeiras” pejorativas, esse procedimento pode ser considerado desnecessário, mas quem vive com essa condição sabe como o aumento da estatura pode transformar suas vidas. Dessa forma, o alongamento ósseo estético vem ajudando milhares de pessoas que sofrem com o impacto psicológico e emocional que essa condição pode gerar.

Com o aumento da popularidade, esse procedimento vem sendo cada vez mais procurado. É importante salientar que o alongamento ósseo estético, embora não seja muito invasivo, demanda de um extenso período de recuperação. Contudo, quando realizado por um profissional qualificado e com todas as orientações seguidas corretamente, ele garante resultados significativos para o paciente.

Visando reduzir os riscos e garantir o sucesso do procedimento, a recomendação médica é que o alongamento não ultrapasse cinco centímetros. Esse procedimento não costuma ser coberto pelos planos de saúde, e por esse motivo deve ser custeado pelo paciente.

Como é realizado o Alongamento Ósseo Estético?

Antes de mais nada, o paciente deve passar por um processo pré-operatório intenso, que, além dos exames laboratoriais e de imagem, exige também uma avaliação psicológica. Essa avaliação, que deve ser realizada por um profissional qualificado, tem como objetivo avaliar o preparo emocional do paciente para passar por todas as etapas desse procedimento tão complexo.

Além de ser indicado para indivíduos que buscam aumentar a sua estatura, esse procedimento também é realizado nos seguintes casos:

• Deformidades;
• Traumatismos ósseos,
• Encurtamento;
• Esmagamento;
• Necroses;
• Fraturas que não consolidam;
• Entre outros.

O alongamento ósseo estético é recomendado para reconstituir a anatomia em condições ortopédicas congênitas, ajudando a reestabelecer a mobilidade e a qualidade de vida do paciente.

Uma vez que o paciente passou por todo o processo pré-operatório e foi considerado habilitado para realizar o alongamento ósseo estético, é iniciado o tratamento. Em uma primeira etapa, é feita uma incisão no osso que será alongado, para a instalação de um fixador externo circular. Esse equipamento é essencial para garantir que o alongamento possa ser realizado.

É esperado um período de 7 dias após esse procedimento inicial, para que o corpo se adapte a esse instrumento. Após esse período, é iniciado o alongamento, obedecendo às regras estabelecidas para esse tipo de procedimento. A recomendação médica é de que o alongamento não ultrapasse 5 centímetros, e por esse motivo, é feito o alongamento de 1 milímetros por dia.

Esse processo dura cerca de 50 dias, totalizando o tamanho recomendado de 5 centímetros. Considerando os primeiros 7 dias, mais o período de alongamento, o procedimento dura quase dois meses.

Passada essa primeira etapa, os fixadores circulares são removidos e o período de reconstrução e recuperação é iniciado. Essa segunda fase é mais longa, podendo durar de 200 a 250 dias no tal. Essa etapa é essencial, pois é nesse momento que o osso passa pelo processo de regeneração, formação e consolidação, estando sujeito à diversas complicações.

Por esse motivo, é muito importante que todas as recomendações médicas sejam seguidas. Dessa forma, além de evitar complicações, o paciente também ajuda a garantir o sucesso do procedimento.

A fisioterapia tem um caráter essencial desde o primeiro dia após a primeira etapa. Inicialmente, ela pode ser realizada diariamente para o treino de marcha (com o auxilio de muletas), mudando a sua frequência de acordo com a necessidade e a recomendação do médico responsável.

Falei mais sobre isso, neste vídeo do meu canal no YouTube:

 

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